terça-feira, 25 de novembro de 2008

PARECER SOBRE DIRETRIZES CURRICULARES

Analisei o Parecer nº 1400/2002 do Conselho Estadual de Educação. Trabalho numa escola pública estadual, localizada em zona urbana periférica do meu município, que oferece os anos iniciais do Ensino Fundamental de 9 anos, do 1º ao 5º ano, sendo que ainda leciono em duas 4ª séries. Possuímos em torno de 250 alunos distribuídos em dois turnos, sendo oferecida uma turma de cada ano por turno. Acolhemos alunos com necessidades especiais, sendo que atualmente eles estão presentes no 1º e no 2º anos.
Analisando o parecer nº 1400/2002 constatei já inicialmente que nossa escola mesmo estando na zona urbana não oferece o Ensino Fundamental completo, como está na lei. Conhecendo nossa escola é fácil perceber que não existe espaço físico para tal e apesar da comunidade já ter se mobilizado para desapropriação de um prédio vizinho para sua ampliação, nada foi conseguido até o momento.
No que diz respeito ao Planejamento e aos padrões mínimos de qualidade, nossa escola está dentro das normas do parecer, visto que nosso PPP e nosso Regimento Escolar são frutos de um amplo diálogo, reflexão e construção pelo corpo docente com a participação efetiva de toda comunidade escolar. Todo planejamento do fazer pedagógico, administrativo e financeiro da escola está constantemente em reavaliação, sendo objeto de reflexão como forma de atingirmos novos significados e novas práticas, sempre com o objetivo de garantir uma educação de qualidade para toda a comunidade. A gestão democrática está bem presente na nossa escola, com os pais e toda comunidade participando, opinando e contribuindo em diversos momentos da vida escolar. Esta prática confere a nossa escola um olhar mais crítico, fazendo com a que a direção, funcionários e o corpo docente adquiram como prática comum receber críticas e sugestões da comunidade. Isto legitima ainda mais nosso trabalho, criando uma rede de interesses afins entre escola e comunidade, que por sua vez desencadeiam um compromisso constante com a vida escolar e a educação de qualidade.
Quanto aos recursos pedagógicos, assim como os humanos, sabemos que as escolas estaduais estão longe de conseguir tudo o que a lei diz necessário. Minha escola, por ser pequena, é muito bem estruturada, professoras e comunidade trabalham muito para obter os recursos pedagógicos necessários, assim como toda infra-estrutura. Temos o material básico, biblioteca bem montada, com estante de livros pedagógicos diversificados para consulta do corpo docente, material concreto, sala de vídeo e aparelhos de som para enriquecer as aulas, a grande maioria deste material sendo conseguida através de parcerias e mobilização da comunidade. Só há computadores na secretaria e recentemente foi adquirido um para a biblioteca. Mesmo assim, sabemos que faltam recursos oficiais para o aprimoramento do material didático. Assim também os recursos humanos são escassos, seguidamente falta bibliotecária e sempre que uma professora ou funcionária entra em licença é muito difícil conseguir uma substituta, a escola precisa ser criativa e contar novamente com a colaboração da comunidade para amenizar a situação. Mesmo assim, com toda desmotivação, nosso corpo docente está sempre se reciclando, procurando formação continuada para sempre aprimorarmos nosso fazer pedagógico, melhorando nossa prática docente.
No que diz respeito aos recursos físicos acredito que nosso CEE desconhece a realidade da imensa maioria das escolas da rede estadual que estão sucateadas, com salas abarrotadas de alunos. As recomendações quanto à higiene, número de vasos sanitários, mictórios e bebedouros na proporção ao número de alunos são irreais, dificilmente cumpridas nestas escolas. Como já disse, tratando-se da nossa escola a comunidade se esforça para mantê-la em boas condições de uso, mas têm normas impossíveis de serem cumpridas no que diz respeito à infra-estrutura física. Nossas salas de aula são pequenas e só para dar um exemplo minha 4ª série do turno da manhã tem 27 alunos pré-adolescentes e adolescentes, alguns maiores do que eu. Às vezes, tenho que passar pelos corredores vencendo os obstáculos das mochilas que estão no meio do caminho, nem de longe é cumprido 1,20 m quadrados por aluno.
Enfim, analisando o texto trabalho e o parecer escolhido mais uma vez constato que existem leis na esfera federal, estadual e municipal que favorecem a qualidade de ensino e garantem educação para todos. No entanto, também constato que estas leis nunca são cumpridas na íntegra, que o poder constituído para fazer as leis desconhece nossa realidade e que o poder público sempre acaba transferindo muito da sua responsabilidade para a sociedade, que procura organizar-se para suprir desesperadamente estas carências.

REFERÊNCIAS:
SILVA, Maria Beatriz Gomes da, Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental: Articulações i Interfaces com Educação Especial, Educação Indígena, Educação Básica no Campo e Educação de Jovens e Adultos;
Parecer nº 1.400/2002 do Conselho Estadual de Educação
REFLEXÃO SOBRE S APRENDIZAGENS DA DISCIPLINA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ECOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL


Nesta disciplina podemos conhecer e refletir sobre a legislação vigente e os mecanismos utilizados para que as instituições de ensino construam seu fazer pedagógico, a regulamentação deste fazer através de regras claras e a participação efetiva de toda comunidade escolar neste processo. Aprendemos que esta organização e planejamento abrangem a dimensão financeira, administrativa e pedagógica de nossas escolas, mas que esta organização também deve possuir mecanismos que permitam as relações com os órgãos competentes para permitir o livre trânsito de informações. Este trânsito deve funcionar não só entre os estabelecimentos de ensino, mas também entre os sistemas de ensino, dando maior legitimidade ao fazer pedagógico e maior transparência quanto à avaliação e desempenho do aluno.
Considero que foi muito importante revisitar o PPP e o Regimento Escolar da minha escola e confrontá-los com as teorias propostas, pois apesar de ter participado da construção e constante reformulação dos mesmos, sempre parecem algo frio e distante, um documento a mais. Foi estudando nossas propostas e as regras que elaboramos para atingi-las e confrontando-as com o saber teórico que constatei o quanto estão presentes no nosso fazer pedagógico, planejamento, avaliação e resultado final. Constatei também que é muito importante o corpo docente conhecer e constantemente reavaliar estes dois mecanismos, como forma de fazer uma auto-avaliação do seu desempenho, dos objetivos que ser alcançar e dos esforços e comprometimento do grupo com o trabalho proposto pela escola, conferindo assim mais legitimidade para seu fazer pedagógico.
Aprendemos a definir e reconhecer o que é uma gestão democrática, que é o planejamento, a execução e a fiscalização de todo fazer pedagógico, administrativo e financeiro de nossas escolas pela comunidade escolar. Aprendemos que há mecanismos de participação dentro da escola onde a comunidade é co-responsável por todo processo educativo, participando e fiscalizando todo o planejamento, execução e uso das verbas públicas. Neste contexto, é importante que a gestão democrática da escola esteja inserida numa comunidade participativa, onde a construção do coletivo seja uma realidade social.
Dentro das nossas escolas há momentos em que a comunidade elege os representantes que atuaram junto ao corpo docente e também na fiscalização pedagógica, financeira e administrativa: são as eleições dos Grêmios Estudantis, Conselhos Escolares e CPMs, que têm como função não só fiscalizar, mas atuar efetivamente na vida escolar, participando de planejamentos, ações e avaliações que contribuam para enriquecer o fazer pedagógico e garantir o direito máximo à educação. Neste contexto também está inserida a eleição da direção, que já não é mais um cargo de confiança do sistema de ensino, mas sim da comunidade que a elege e lhe dá respaldo como representante legal desta comunidade.
Uma gestão democrática de verdade necessita de transparência, de respeito à diversidade e de uma idéia de qualidade, onde a escola é boa para toda a comunidade e não apenas para um segmento. Neste sentido, não há escola pública de qualidade sem a participação de toda comunidade escolar, que deve definir os caminhos, tomando as decisões necessárias para este fim. Esta escola é construída com mecanismos de democracia participativa que deve ser utilizada em todos os momentos, pois esta gestão democrática só se aprende fazendo, constantemente avaliando e aprimorando seu fazer.
Nesta perspectiva, a escola visa à emancipação de todos que nela atuam, voltada para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, através da busca constante da qualidade de ensino, da inclusão e da participação democrática. Quando todos os segmentos da comunidade escolar participam deste processo, cria-se uma rede de compromissos onde todos se sentem responsáveis pela implementação deste projeto, participando da construção de uma escola participativa e democrática.
Para finalizar, quero dizer que penso ser esta a escola ideal, mas que ainda temos um longo caminho a percorrer. Já damos os primeiros passos, construindo nosso PPP e nosso Regimento Escolar, abrindo nossas escolas à participação da comunidade. No entanto, ainda precisamos aprender a ouvir críticas e sugestões de uma comunidade que quer ser cada vez mais participativa, preparando-nos para um trabalho mais colaborativo e democrático, que vise principalmente o bem-estar do nosso aluno através de uma educação de qualidade.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

AS TEORIAS DE PSICOLOGIA E MINHA VIVÊNCIA PESSOAL

Estive no hospital recentemente por vários dias para a retirada de um câncer no intestino, foi uma cirurgia delicada, mas que deu tudo certo. Durante todo o tempo mantive na mente as teorias que estudamos no projeto de estudos onde estudamos o poder da mente, transtornos causados por distúrbios de comportamento. Lembrei-me que estudei que mente, corpo e psique constituem uma unidade integrada e que o bom funcionamento desta unidade depende apenas de nós mesmos. Então procurei manter firme minha fé em Deus, a certeza de que Ele estava comigo, meu otimismo e minha confiança nos médicos. Em nenhum momento me apavorei, entrei em pânico ou fiquei triste.Segundo os médicos e enfermeiras minha recuperação foi maravilhosa para quem fez uma cirurgia de grande porte como eu fiz.
Muitas vezes estudamos teorias e pensamos que elas não têm muita utilidade, mas confesso que estes estudos realizados em Psicologia me ajudaram muito, dando-me a certeza que minha recuperação dependia de mim mais do que dos outros.

domingo, 2 de novembro de 2008

MINHA ATUAÇÃO NO PA
No início dos trabalhos considerei muito complicado fazermos um projeto sobre um assunto que não dominávamos, pois eu não entendia muito bem como seria este projeto. A partir da minha participação e do desenvolvimento do trabalho comecei a enterder a dinâmica do projeto e passei a me empolgar com o trabalho.
Desde o início do projeto sempre procurei participar com sugestões sobre o tema trabalhado e as formas de encaminhamento dos trabalhos. Pesquisei em livros, revistas e na internet, colaborei com material, participei várias vezes da página de discussões do grupo, do fórum e da comunicação via e-mail com as colegas. Sempre participei dos encontros presenciais propostos pelo grupo, trocando idéias com as colegas e dando sugestões, atendo sempre as combinações do grupo. Sempre trocamos muitas idéias, procurando soluções que contemplassem os interesses do grupo e enriquecessem o trabalho.
Acredito que minha maior facilidade foi discutir o tema proposto, visto que gosto de escrever e dar minha opinião sobre os assuntos e minha maior dificuldade ainda é dominar a tecnologia, visto que ainda preciso de ajuda para realizar algumas tarefas no computador. Exemplo disto foi o mapa conceitual individual que fiz no papel mas não conseguia fazer no computador, então tive de ir ao pólo e solicitar a ajuda de uma tutora e isto, sem dúvida, continua a ser angustiante.
Desta maneira, revisando minha caminhada e minha participação, colaboração e empenho no andamento dos trabalhos, acredito que fiz o melhor que pude, tanto na execução da tarefa proposta como na integração com o grupo.

domingo, 26 de outubro de 2008

GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA

Numa perspectiva democrática a gestão escolar deve se dar de forma participativa, isto é, com a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, que elegem representações através do voto direto. Esta participação efetiva da comunidade escolar é garantida pela legislação, através de leis que normatizam e legitimam este processo e incentivam o envolvimento desta comunidade. Ela garante também o funcionamento do Círculo de Pais e Mestres e do Conselho Escolar como órgãos de apoio, fiscalização e participação nas decisões, no planejamento das atividades e no uso das verbas públicas. Assim também, garante o provimento do cargo de Diretor através do voto direto de toda comunidade escolar, o qual exerce seu mandato como representante legal desta comunidade e, portanto, vinculado aos interesses e objetivos da mesma.
A gestão democrática abrange a dimensão financeira que se ocupa do repasse das verbas, planejamento e execução da aplicação destes recursos e da prestação de contas à comunidade para que fique transparente o uso destas verbas. Abrange a dimensão administrativa, que diz respeito ao funcionamento operacional da escola e organização da rotina escolar, tanto no que diz respeito a parte física do prédio, quanto à distribuição e colocação de recursos humanos que viabilizem o funcionamento da mesma.
No que diz respeito a dimensão pedagógica, deve assegurar a construção de um Plano Político Pedagógico que atenda as aspirações e necessidades da comunidade e assegure uma educação de qualidade. Deve contemplar mecanismos que garantam as dinâmicas de organização do ensino, como os Planos de Curso, as reuniões pedagógicas e a constante avaliação destes mecanismos como agentes da construção da qualidade da educação.
A gestão democrática deve possuir também mecanismos que oportunizem as relações com os órgãos competentes, as redes de ensino e instituições afins, como maneira de permitir o trânsito de informações e o deslocamento dos alunos em toda rede de ensino, além de reforçar a transparência da instituição e seu processo educativo.
Na minha escola a gestão escolar está centralizada na pessoa do aluno, como objetivo de toda a organização da escola, visto que todos os setores e serviços devem visar o bem estar e o desenvolvimento amplo do mesmo. Sendo assim, estamos organizadas por áreas de atuação e atribuições. A Direção se ocupa da administração funcional e organização dos trabalhos, assim como o emprego das verbas públicas e a manutenção física do prédio e dos recursos. Preocupa-se também com a colocação de recursos humanos necessários para as diferentes áreas de atuação. É auxiliada pelo Conselho Escolar e COM que participam das decisões. A Direção também se ocupa das relações com os órgãos competentes e encaminhamento da burocracia necessária.
Auxiliando a Direção trabalha a Supervisão, que orienta e auxilia as professoras nos assuntos pedagógicos e cuida do relacionamento dos alunos e pais com as professoras e funcionárias e entre si. As professoras trabalham diretamente com os alunos, planejando e ministrando as aulas. Temos reuniões periódicas com a supervisão e direção para planejamento, avaliação e discussão das atividades escolares. Há também a professora responsável pela Biblioteca, que organiza a mesma e atende os alunos.
No segmento das funcionárias há a secretária que faz o trabalho burocrático e atende o público, a merendeira que cuida do refeitório e faz a merenda e a funcionária responsável pela manutenção, que faz a limpeza e conservação da escola.
Comparando com o quadro apresentado, penso que nossa escola se enquadra na gestão democrática, porque além das representações instituídas, os pais são constantemente convidados a participarem de reuniões e atividades. Algumas vezes estes encontros são para decidir o rumo dos trabalhos, expormos como se desenvolve a parte pedagógica e a avaliação. Outras vezes são encontros de integração e participação social. Além disso, anualmente realizamos uma pesquisa de opinião com os pais sobre os diversos setores da escola e a parte pedagógica, onde eles podem apresentar críticas e sugestões. Depois de computados os resultados desta pesquisa respondemos aos pais dando satisfações dos questionamentos e apresentando alternativas e soluções para as dúvidas e reclamações.
Pensando em tudo que estudamos sobre a Gestão Democrática penso que nossas escolas ainda tem um longo caminho a percorrer em busca da total democratização, visto que os próprios sistemas de ensino precisam se democratizar. As decisões mais importantes na área da educação ainda são tomadas sem a participação de nós, profissionais responsáveis por efetivar a educação deste país, visto que ainda são decisões que não privilegiam a igualdade de oportunidades para todos os profissionais da área. Assim também, não distribuem os recursos e verbas igualmente. Viciados neste círculo, ainda existem direções e grupos docentes que procuram perpetuar privilégios e desestimular a participação da comunidade para evitar cobranças.
Por outro lado, enxergo muitos profissionais dispostos a construir espaços democráticos e de participação nas escolas, onde a construção de objetivos e metas contempla a participação de toda comunidade escolar, visando a construção de uma escola de qualidade e a formação integral dos educandos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

POR QUE EXISTEM TANTOS IDIOMAS??

Lendo tudo o que foi postado por nós fica claro que buscamos a origem das línguas, o porque de falarmos tantos idiomas diferentes, quais fatores influenciam nas diferenças dentro de uma mesma língua. Podemos perceber que a capacidade lingüística foi sendo adquirida gradativamente ao longo da história da humanidade. Como outras habilidades humanas, esta também foi evoluindo e progredindo a medida que nossa espécie foi evoluindo também.
A resposta do porque existem tantos idiomas no mundo ainda não foi totalmente encontrada, nem sei se o será. Temos a explicação judaica/cristã que conta a história da Torre de Babel, mas penso que cada povo deve ter seu próprio mito sobre este assunto. Conheço aquele corrente de pensamento que diz que a Terra foi habitada por seres de outra dimensão que deveriam cruzar com os humanos para acelerar a evolução do planeta. Cada ser pertencia a uma cor diferente e, cruzando com os terráqueos, deram origem a novas raças, algumas com mais evolução que as outras, com seus costumes e línguas diferentes. Claro que esta é mais uma teoria, ou corrente de pensamento, mas o que quero dizer que devem existir muitas explicações para a pergunta "Por que existem tantos idiomas?"
Outra questão muito importante nas nossas postagens é o questionamento sobre as línguas universais e fica claro que é considerada uma língua universal a língua do povo que tem o domínio sócio/político/cultural de cada época. O Inglês é atualmente considerado o idioma universal por causa do domínio americano, o que me fez pensar nos últimos dias: com a crise econômica dos Estados Unidos será o fim deste império? Como ficará todo investimento na aprendizagem da língua inglesa? Só o tempo responderá estes questionamentos mais recentes.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Reflexão sobre a Vida Adulta

Adulto é aquela pessoa que já passou pela infância, adolescência e juventude e já atingiu uma maturidade física. Teoricamente deveria também ter atingido a maturidade emocional, fato que nem sempre ocorre.
A vida adulta inicia aproximadamente aos dezenove/vinte anos, quando a fase de crescimento físico se completa, nossas características físicas estão mais definidas e nossos hormônios (até então em ebulição) começam a se acalmar.
Falando da parte emocional, penso que a vida adulta não é algo tão definido, pois depende do temperamento de cada um, das influências do meio em que vive e das experiências vividas. Algumas pessoas atingem a maturidade emocional bem cedo, tornando-se pessoas equilibradas, que sabem que rumo querem dar à sua vida. Outras pessoas, no entanto, possuem o lado emocional mais turbulento e atormentado, precisando de um tempo maior para amadurecer.
Se refletirmos bem, a fase adulta é aquela que passamos a maior parte de nossas vidas. Por isto mesmo, enfrentamos grandes desafios, como decidir nossa vida profissional. É nesta fase também que optamos pela formação de uma família ou não, e todas as conseqüências positivas ou negativas desta escolha.
À medida que os anos passam o adulto consolida ou modifica suas convicções, aprendendo lições de vida com seus erros e acertos. Pedagogicamente falando, considero a aprendizagem sistemática mais difícil nesta fase, visto que o adulto tem muitas responsabilidades e preocupações, como o trabalho e a família. No entanto, também é uma fase que utilizamos toda nossa bagagem de experiências pessoais para auxiliar as aprendizagens, tornando-as mais significativas.
Módulo 2 – EDUCAÇÃO NACIONAL E SISTEMAS DE ENSINO
Leila Maria Linck Wasum

O Brasil, por adotar uma organização política federativa, possui a distribuição da autoridade política em diferentes níveis de governo. A Constituição de 1988 caracteriza-se pela descentralização do poder, transferindo responsabilidades e atribuições a Estados e Municípios, sendo que estas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) contam com recursos fiscais próprios ou transferidos. A Constituição prevê também a cooperação entre estas três esferas de governo e a descentralização da gestão.

Partindo desta organização federativa os estados têm como atribuição na área da educação assegurar o Ensino Fundamental, mas dar prioridade ao Ensino Médio. Têm também de organizar e manter órgãos necessários ao funcionamento de seu sistema de ensino. Deve elaborar e executar políticas educacionais e integrar suas ações com as outras esferas da federação, a fim de definir formas de colaboração com os Municípios que priorizem a oferta do Ensino Fundamental.
A partir da Constituição de 1988 os Municípios passam a ter a mesma importância que os Estados e a União, através da descentralização do poder. Sendo assim, na área da educação cabe aos Municípios organizar e manter os órgãos necessários ao funcionamento de seu sistema de ensino, integrando-se às políticas educacionais da União e do Estado ao qual faz parte como unidade da federação. Cabe aos Municípios oferecerem a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, sendo permitido sua atuação em outras áreas de ensino somente quando estas áreas de sua competência estiverem plenamente atendidas.
Como vimos, as diferentes esferas de governo podem ter deveres semelhantes sobre a mesma área de ensino, o que leva a uma busca constante da qualidade da educação e da organização e gerenciamento dos sistemas de ensino, como forma de atingirem as metas e objetivos propostos. Assim também, estas semelhanças e este empenho por qualidade contribuem para a oferta e procura da demanda.
De uns anos para cá se vêm falando muito da “municipalização” da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Em nome deste propósito tenho visto muitas Escolas Estaduais da minha região abrirem mão da Educação Infantil (pré-escola) e séries iniciais do Ensino Fundamental para priorizarem as séries finais do Ensino Fundamental e, principalmente, o Ensino Médio. Como conseqüência destas medidas tenho visto também muitas crianças sem vagas nas escolas, visto que as redes municipais não possuem, pelo menos por enquanto, condições de absorverem tamanha clientela. Como professora do Ensino Fundamental vejo que mais uma vez a base de toda a educação está sendo negligenciada em nome do cumprimento da lei. Em minha opinião, isto é um retrocesso no árduo caminho de democratização da escola pública e na busca de uma educação de qualidade para todos.

REFERÊNCIAS:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL de 1988.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 20 DE DEZEMBRO de 1996 (LDB).

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

MINHA TABELA DO TEMPO

Realizei a atividade de preenchimento da tabela do tempo pensando no que me aconteceu nos últimos dias. Estive oito dias no hospital, com risco de infecção generalizada, sem saber quando poderia ir para casa, ou se poderia novamente retomar minha vida.
Nestes momentos repensamos muito o que fazemos, como nos comportamos e o que sentimos, pensamos mesmo em dar mais significado para nosso dia-a-dia. Pensamos em dar mais valor para o ser e não para o ter.
Pensando em tudo isto, cheguei ao pólo hoje e me deparei com esta tabela. Confeço que me pareceu muito superficial e desnecessário relatar como organizo o meu dia, visto que nossa vida não é uma peça estática, sem movimento. A cada dia temos novas surpresas, perde-se ou acrescenta-se coisas.
Como faz parte da tarefa, procurei cumprí-la da melhor maneira possível, apesar de considerá-la com pouco significado.


Tempo-tabela[1].doc

segunda-feira, 30 de junho de 2008








A IMPORTÂNCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO

Como aprendi no meu plano de estudos a Educação Ambiental deve ser conscientizadora e formativa, por isto estava planejada uma palestra com os técnicos do SEMAE (Serviço Municipal de Água e Esgoto) para falarem sobre saneamento básico, tratamento da água e do esgoto na nossa cidade, assim como da necessidade de preservação do meio ambiente, cuidados com o lixo e reciclagem. Enfim, foi uma culminância dos trabalhos planejados e executados no meu Plano de Estudos.
Depois da palestra, de mostrarem água contaminada e como ela é tratada, levaram os alunos para o pátio para fazer um joguinho/trilha sobre os assuntos trabalhos, saneamento básico, nosso rio e ecologia. Depois distribuíram uma cartilha sobre o tratamento e importância da água e outra sobre o tratamento de esgoto.










segunda-feira, 23 de junho de 2008








AÇÕES PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Aprendi no meu plano de estudos que a Educação Ambiental caracteriza-se pelas ações práticas como forma de sensibilizar o aluno e fazê-lo vivenciar a necessidade de preservar a natureza.
Pensando nestas aprendizagem e contemplando meu plano de estudos, implementamos nas minhas turmas de 4ª série a "PATRULHA AMBIENTAL" que consiste em dois alunos por dia, na hora do recreio, que vestem um avental de identificação e passam a orientar os alunos menores sobre a necessidade de usarem as lixeiras, de não colacarem lixo no chão e de cuidarem do meio ambiente. No primeiro dia o monitor da turma e mais um colega passaram em todas as turmas apresentando a novidade e explicando qual era seu objetivo. Quando necessário, também recolhem o lixo deixado por colegas anônimos. Eles se sentem muito importantes, verdadeiros defensores da natureza, e aprendem desde pequenos a necessidade da conscientização e da atitude e postura pessoal.
Para desenvolver mais ações práticas minha turma foi encarregada de plantar mudinhas de árvores que ganhamos da prefeitura. Plantamos na calçada da escola, visto que no nosso pátio não tem mais lugar. Os alunos consideraram o gesto muito precioso por praticarem a verdadeira educação ambiental e ainda poderem dar o exemplo aos menores.








sábado, 21 de junho de 2008



O CICLO DA ÁGUA NA NATUREZA
Resolvi trabalhar o Ciclo da Água com meus alunos, pois além de considerá-lo muito importante, também se encaixa nas minhas atividades de educação ambiental. Sendo assim, dividi o trabalho em três dias:
No primeiro dia fiz uma sensibilização com a música "PLANETA ÁGUA" (ARANTES, Guilherme) e depois estudamos um texto sobre a água, poluição e ações para despoluição e a necessidade de saneamento básico. No segundo dia relembramos oralmente o Ciclo da Água estudado na 3ª série. Depois dei um texto sobre Ciclo da Água, formação das nuvens e da chuva. Fizemos também exercícios no caderno. Após fizemos um debate sobre as condições para ocorrer este ciclo, sua importância para a vida no planeta e ações humanas que influenciam este ciclo.
Depois do debate dividi a turma em seis grupos, de acordo com os temas debatidos, para fazermos trabalho no outro dia e eles poderem pesquisar:
1 - O que é o Ciclo da Água, como funciona e quais os fatores ambientais necessários para que ocorra;
2 - Importância deste ciclo para as espécies animais e vegetais;
3 - Importância deste ciclo para a humanidade;
4 - Interferências humanas no equilíbrio deste ciclo;
5 - Conseqências para a humanidade causadas pelo desequilíbrio deste ciclo;
6 - Doenças causadas pela água contaminada/Cuidados com a Água.
No terceiro dia cada um já sentou no seu grupo, que deveria discutir seu assunto e preparar um cartaz com as conclusões que chegaram. O 1º grupo preparou também uma maquete mostrando o Ciclo da Água e o 5º grupo enriqueceu seu trabalho com uma experiência mostrando materiais que se misturam ou não na água, enfocando o problema da poluição. Cada grupo apresentou seu trabalho e todo material preparado para a turma. Fizemos também uma cruzadinha sobre os cuidados com a água.
A pedido da diretora os grupos passaram em todas as salas apresentando o trabalho e reforçando a necessidade de usarmos a água de maneira responsável.
Este trabalho foi considerado muito importante pelos alunos porque retomaram a importância da água e os cuidados que devemos ter com este bem tão precioso. Ficaram orgulhosos de poder ensinar as outras turmas a valorizarem a natureza também.


quinta-feira, 19 de junho de 2008










AMOR PELA CRIAÇÃO








De acordo com os estudos no livro "O VERDE NA ESCOLA" (HARTMANN,Ângela Maria; ZELTZER, Flora; MORAES, Denise Maria; SILVA, Iara Chiappa da; AVELINE, Carlos Cardoso), aprendi que um educador ecológico terá sucesso em seu trabalho se o amor pela criação do Senhor estiver em seu coração. O importante é recomeçar sempre, levando os alunos a reconhecerem os benefícios de uma vida saudável.




Partindo destes conceitos, trabalhei primeiro a valorização da vida, o enfoque da natureza como criação de Deus. Então pedi que eles preparassem em casa potinhos ou vasinhos com plantinhas para serem distribuídas no dia do meio ambiente. Eles tiveram uns 15 dias para esta preparação.




No dia 4 de junho fizemos um trabalho em grupo sobre os MANDAMENTOS ECOLÓGICOS (retiradoa do jornal da UPAN/São Leopoldo, que falam da preservação do planeta, água, ar, solo, plantas, animais. São sete mandamentos, cada um enfocando um destes aspectos. Cada grupo fez um cartaz usando figuras e sucatas sobre seu mandamento e apresentou para a turma.




No dia 5 de junho enfeitamos os vasinhos coletados com dizeres sobre o meio ambiente, pegamos os cartazes com os mandamentos e fomos participar da Caminhada Ecológica, nas ruas próximas à escola, com todos os alunos do turno da manhã. Durante a caminhada distribuímos as plantinhas, sementes de girassol preparadas pela secretaria da escola e folhetos com a programação municipal da Semana do Meio Ambiente. Íamos dizendo palvras de ordem com "PRESERVE O PLANETA,CHEGA DE DESTRUIÇÃO", "AHA! UHU!, O PLANETA TERRA É NOSSO!".




Os alunos consideraram esta atividade muito importante porque se sentiram realmente responsáveis e protagonistas da valorização da natureza.

segunda-feira, 16 de junho de 2008






TRABALHANDO O PERTENCIMENTO HISTÓRICO
Conforme estudamos em "Estudos Sociais - Teoria e Prática" (ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloísa Fesh; PAGANELLI, Tomoko Iyda), aprendi que o preconceito racial e cultural sempre andam de mãos dadas e que as diferenças culturais são sempre decorrentes de determinantes históricos e não fatores étnicos ou raciais. Por tudo isto, cabe à professora manter uma postura neutra para deixar o aluno à vontade para expor sua origem
Pensando em todas estas reflexões decidi fazer um trabalho com meus alunos de resgate de suas raízes, visto que alguns nem sabiam sua origem e outros tinham vergonha de apontá-la.

Fizemos um trabalho de pesquisa nas famílias sobre a, ou as, origem de cada aluno. Depois dividi a turma conforme os grupos éticos de suas origens: índio, espanhóis, africanos, portugueses, alemães, italianos e poloneses. Cada grupo deveria pesquisar nos livros que forneci ou em outros lugares dados sobre a vinda destes grupos para o Brasil, sua origem, influências na nossa cultura atual. Depois fizeram cartazes com os dados de cada etnia e colocaram o nome de todos os colegas da turma que pertenciam àquela origem para fazermos um painel.
Paralelo a esta pesquisa deveriam coletar objetos e fotos pertencentes a sua família. No dia marcado trouxeram estes pertences, apresentaram um a um para a turma, contando sua história. Apresentaram também o trabalho em grupos que foi feito na aula.
Depois de tudo apresentado na própria sala de aula fizemos uma exposição no pátio da escola, que todas as turmas e funcionários da escola visitaram. O trabalho foi muito elogiado por todos e os alunos descobriram sua origem e sentiram-se orgulhosos dela.



















quinta-feira, 29 de maio de 2008




"O SEGREDO NÃO É CORRER ATRÁS DAS BORBOLETAS...


É CUIDAR DO JARDIM PARA QUE ELAS VENHAM ATÉ VOCÊ."


Mário Quintana


PEDAGOGIA VERDE


Aprofundando-me na leitura do livro "O VERDE NA ESCOLA - Uma Abordagem Prática da Educação Ambiental" (HARTMANN, Ângela Maria; ZELTZER, Flora; MORAES, Denise Maria; SILVA, Iara Chiappa; AVELINE, Carlos Cardoso; produção UPAN, São Leopoldo) conforme proposto no meu Plano de Estudos, aprendi que a Pedagogia Verde (Ecologia), envolve todas as áreas e disciplinas e pode assumir muitas formas, mas tem algumas características básicas que são:
* É CRÍTICA E CONSCIENTIZADORA - questiona a realidade como ela é e transmite o questionamento para vários setores da sociedade;
* É PARTICIPATIVA E EXPERIMENTAL - volta-se para a ação prática grupal e é capaz de ouvir a comunidade a que pertence;
* É ADAPTÁVEL E CRIATIVA - surge de acordo com cada local, cada disciplina, a partir das potencialidades individuais e coletivas.
* É VITAL - porque estuda, respeita, defende e fortalece os processos vitais em todos os níveis.
É preciso provocar uma ação correta, que deve ser, em primeiro lugar, preventiva, e só em segundo lugar, corretiva.
Refletindo todos estes conceitos e estudando o Saneamento Básico, sua finalidade, decidi fazer uma caminhada pelo bairro para questionar nossa realidade local, a existência ou não do saneamento no nosso bairro e ações do ser humano na natureza.
Abaixo coloco fotos desta caminhada, onde os alunos destacaram o excesso de lixo pelas ruas e o aterro de banhados para construção de moradias. Voltando para a sala de aula fizemos uma reflexão coletiva da situação do meio ambiente do nosso bairro, as crianças fizeram desenhos e responderam a perguntas sobre o saneamento e a situação do nosso bairro.













GRUPOS SOCIAIS




Estudando a unidade II - A sociedade e cultura do livro "Estudos Sociais - Teoria e Prática" (ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloísa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda) pude aprender que todo ser humano carrega consigo a herança cultural de seu grupo de origem e que o processo de socialização da criança se faz por etapas, até atingir a consciência necessária para respeitar e entender as regras, assumindo as conseqüências de suas ações.
Baseada nestes conhecimentos e nos conhecimentos adquiridos com o texto "FAZER A PONTE" (PACHECO, José), trabalho com meus alunos com o Quadro de Responsabilidades, onde eles participam ativamente do processo de escolha e avaliação do cumprimento das responsabilidades por cada membro do nosso grupo, como forma de incentivar o fortalecimento das noções de grupo, responsabilidade e cooperação.
Abaixo coloquei fotos do Quadro de Responsabilidades e da Assembléia de Alunos do dia 28/05/08, presidida pelos monitores, onde cada um avalia sua participação no mês na respectiva responsabilidade, a receptividade, aceitação e colaboração dos colegas. Também é a hora de novo rodízio, trocando a área de responsabilidade de cada aluno.








quarta-feira, 21 de maio de 2008



Trabalhando Geometria com outros olhos

Estudando o texto "Espaço, Forma e Criança" (PIRES, Célia M. C., Espaço e Forma: a construção das noções geométricas pelas crianças das quatro séries iniciais do Ensino Fundamental.São Paulo: PROEM, 2000) aprendi que o espaço se apresenta para a criança de forma prática, através dos sentidos e dos movimentos. Sendo assim, a Geometria parte do mundo sensível, das percepções, para estruturar estas percepções no mundo geométrico - dos volumes, das superfícies, das linhas e dos pontos.
O estudo deste texto foi muito importante porque pensamos que a Geometria é sempre algo frio e distante, mas, como diz o texto, partindo das experiências dos próprios alunos podemos verificar que eles identificam as figuras geométricas no dia-a-dia.
Partindo destes estudos, fiz a seguinte atividade com meus alunos:
1º) Manipulamos os Blocos Lógicos para nos recordarmos das figuras geométricas e desenhamos várias no quedro, mesmo que elas não aparecessem nos Blocos, deixei que fizessem todas que se lembravam. Apareceram as tradicionais, como quadrado, triângulo, retângulo e círculo, e outras menos comuns como cilindro e perâmide.
2º) Relacionamos objetos da sala de aula que eram do formato das figuras desenhadas.
3º) Como estávamos na Semana da Arte da nossa escola falei no Picasso e na técnica do Cubismo.
Depois pedi que eles fizessem um desenho usando figuras geométricas e colocamos no mural da área da escola. A foto do mural segue abaixo:




segunda-feira, 19 de maio de 2008

Resposta aos Questionamentos do Professor Leonardo e Maximira:

Como esta atividade está bem detalhada no meu webfólio da disciplina, pensei que aqui fossem só minhas observações, mas tudo bem, vamos lá:
Eu dividi esta tarefa em três etapas:
1º) Estudei o texto solicitado pela professora, destacando as etapas do processo de construção das noções de tempo e espaço e planejei o que ia fazer com os alunos.
2º) Agrupei crianças de 6 a 12 anos e fiz com elas um teste para ver em que fase da construção da noção de tempo estavam. Este teste consistia em pegar uma jarra com água colorida e ir colocando esta água aos poucos num copo, até que todo líquido estivesse num copo e a jarra vazia, dividindo este processo em quatro cenas. As crianças deveriam desenhar cada cena, depois ordená-las por acontecimento. Por fim, deveriam separar o desenho das jarras dos desenhos dos copos e fazerem dois novos ordenamentos: um só para os copos e outro só para as jarras.
O objetivo era constatar em que fase do desenvolvimento da construção da noção de tempo cada criança estava, o que ficou bem claro. A surpresa foi a criança de 6 anos que avançou as etapas junto com meus alunos da 4ª série.
3º) Esta atividade fiz só com meus alunos da 4ª série. Dividi a turma em 5 grupos. Cada grupo deveria visitar um local da escola (refeitório, pracinha, biblioteca, sala das professoras e secretaria), observando detalhes do ambiente, posição dos objetos, quem utiliza cada espaço. Feitas as observações, os alunos voltaram para a sala de aula e desenharam o local visitado. A seguir, cada grupo apresentou seu trabalho e discutimos sobre cada espaço, quem o utiliza, quem não pode utilizá-lo, qual o espaço freqüentado pelos alunos com maior freqüência e para quê. Depois fizemos um painel com o título "CONSTRUINDO O ESPAÇO COLETIVO".
Com estas atividades eu aprendi a reconhecer as etapas da construção das noções de tempo e espaço e aprendi também a verificar em que etapa meus alunos estão. Neste sentido, esta atividade me tranqüilizou, pois percebi que meus alunos estão no estágio operatório e já têm condições de assimilar as noções de tempo estudadas em História e as noções de espaço estudadas em Geografia.
Quando me referi à importância das ações físico-motoras para a compreensão das noções estudadas quiz dizer que através das suas ações no ambiente os alunos aprenderam a "ler" o mundo social da nossa escola, reconhecer e discutir as regras que regem a organização e estruturação do espaço coletivo. Pude verificar a importância da experiência vivenciada nos diversos ambientes que estudamos, a importância de sairmos da sala de aula e oportunizarmos aos alunos a vivência real do objeto em estudo.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

NOÇÕES DE TEMPO E ESPAÇO

Após ler as undidades III e IV do livro "Estudos Sociais: Teoria e Prática" (ANTUNES,Aracy do Rego; MENANDRO,Heloisa Fesh: PAGANELLI, Tomoko Iyda) planejei uma atividade sobre o desenvolvimento da noção de tempo e outra sobre a noção de espaço. No início eu estava achando muito complicado, mas depois comecei a perceber, durante a aplicação, a importância de sabermos se nossos alunos já dominam estas noções, ou melhor, se estão na etapa que deveriam estar para poderem assimilar as noções que trabalhamos.

Como trabalho com a 4ª série me perguntava se eles teriam condições de entender o que é universo, planeta, país e estado. Com este trabalho vi o quanto é importante o aluno fazer a "leitura" do mundo social a sua volta, reconhecer e discutir as regras de organização destes espaços, as maneiras de nos orientarmos. Pude constatar a importância das ações físico-motoras para a compreensão dos conceitos estudados, fiquei um pouco mais tranqüila por perceber que neus alunos estão na etapa adequada no processo de construção do tempo e do espaço.

A seguir colocarei a foto do mural que eles fizeram no trabalho de construção do espaço coletivo da nossa escola:


Filme "A ÚLTIMA HORA" ( The 11TH Hour)

Contemplando o meu Plano de Estudos Individual olhei o filme A Última Hora (The 11Th Hour Film. com), uma produção e narração de Leonardo Di Caprio, escrito e dirigido por Leila Conners Petersen e Nadia Conners e uma distribuição da Warner.
O filme trata do aquecimento global, do uso indiscriminado dos recursos naturais e dos combustíveis fósseis, o aumento desenfreado da população mundial e do consumo e as respostas da natureza, as catástrofes naturais e suas conseqüências.
As alternativas propostas no filme são usar energias limpas, principalmente eólica e solar, mas o que realmente me chamou a atenção foi que a maior solução é amar o lugar onde se vive.
Achei o filme muito bom, mas constatei que não é próprio para os meus alunos de 4ª série por ter mais depoimentos que imagens, o que o torna cansativo na hora e meia de sua duração. Aprendi com este filme a questionar a nossa ação no lugar onde vivemos e a estimular meus alunos a amarem nossa terra, a respeitarem e preservarem nosso bairro. Não adianta falarmos de preservação do planeta se não fazemos as ações possíveis no nosso habitat.

terça-feira, 29 de abril de 2008

SAÍDA DE CAMPO - VISITA A POA
Estudamos a história da capital na Semana de Porto Alegre, sua fundação, pontos turísticos e principais aspectos. Depois ficamos um mês arrecadando dinheiro para fazer uma visita à Capital.
No último dia 24 fomos a Porto Alegre, visitamos o Gasômetro, Morro de Santa tereza, Olímpico, Beira Rio, Praça da Matriz, Memorial da Justiça, no Palácio da Justiça. Passamos por parques, pela rodoviária e aeroporto.
Depois os alunos fizeram trabalho em grupo sobre a visita e a diretora pediu que eles fossem em todas as turmas contarem o que viram.´
São estes momentos que nos mostram o quanto é importante fazer com que as crianças vejam ao vivo o objeto de estudos, que eles possam visualizar e vivenciar o foco do trabalho em sala de aula. Eu também aprendi muito, pois não conhecia o Memorial da Justiça, a história deste segmento tão importante, que às vezes passamos muito rapidamente ao trabalhar os três poderes.
Abaixo coloco uma foto dos meus alunos na frente do Teatro São Pedro com a Praça da Matriz ao fundo:


terça-feira, 22 de abril de 2008






VISITA AO MUSEU DO ÍNDIO NA UNISINOS
Na terça-feira da semana passada, dia 15 de abril, fui com meus alunos no Museu do Índio da UNISINOS, aqui na antiga sede. É uma visita muito enriquecedora, bem de acordo com o conteúdo de 4ª série.
A visita é dividida em duas partes: primeiro é a parte dos índios que habitavam o RS antes da chegada do europeus, os mapas de localização, os tipos de moradias, as atividades de subsistência, utencílios e armas que eles fabricavam. Há também fósseis e ossadas de animais junto com as respectivas figuras de cada um, assim como esqueletos humanos enterrados e outros cremados. Há também uma maquete explicativa sobre os sambaquis e sua formação.
Na segunda parte da visita entramos numa pequena capela católica, toda com relíquias vindas das missões, feitas pelos índios que habitavam nelas. Aí recebemos uma ampla explicação sobre as missões, sua distribuição social, afazeres dos índios, ritos religiosos, enfim, como era a vida dos índios e dos religiosos.
Sem dúvida, foi uma visita muito instrutiva em muitos aspectos. Depois de retornarmos à escola e discutirmos a visita, fizemos um painel sobre os primeiros habitantes da nossa terra e as missões jesuíticas.










RESPOSTA À MAXIMIRA SOBRE ASPECTOS DO MEU RELATO DA APRESENTAÇÃO FINAL DE 2007:

Quanto às perguntas deixadas no comentário do meu relato da apresentação final, seguem as respostas:

1ª) O aspecto mais significativo de minha apresentação foi relatar minhas principais descobertas do semestre, através dos trabalhos realizados com meus alunos. Sempre é gratificante descobrirmos que mesmo com tantos anos de serviço ainda temos o que aprender e o que melhorar em nossa prática diária.

2ª) A questão que me tomou mais tempo foi, sem dúvida, decidir o que apresentar, o que foi realmente significativo e sintetizar isso tudo em poucas palavras.
Em segundo lugar e creio que o mais trabalhoso, foi montar a apresentação, colocar fotos e textos nos slides. Enfim, lidar satisfatoriamente com a tecnologia.

3ª) O que mais me enriqueceu foi constatar que as minhas angústias e dúvidas também estão presentes nas aprendizagens/trabalhos das minhas colegas.
Também é importante a troca de sugestões, constatar as diferentes maneiras de aplicar as teorias, solucionar os conflitos e buscar soluções. Até mesmo nas diferentes maneiras de apresentação encontramos sugestões. Constatamos que nosso trabalho está no caminho certo e que nossas inseguranças fazem parte do processo de aprendizagem.

sábado, 19 de abril de 2008

Plano Individual de Estudos

Leila Maria Linck Wasum
Pólo de São Leopoldo
Atividade 2 – Seminário Integrador IV


Objetivo Geral:

Que eu seja capaz de realizar estudos complementares na área de Educação Ambiental que me proporcionem maiores conhecimentos para ampliar minha atuação junto aos meus alunos de 4ª série, nesta área.


Objetivos específicos:
a) Realizar leituras em livros, panfletos e periódicos que me dêem subsídios teóricos para aplicação com alunos;
b) Pesquisar em sites específicos, documentários e filmes, de maneira a proporcionar material áudio-visual;
c) Aplicar teorias apreendidas neste estudo com minha turma de 4ª série em atividades concretas de preservação do meio ambiente e consciência ecológica.


Recursos:
1) Livros: O VERDE NA ESCOLA – Uma Abordagem Prática de Educação Ambiental (HARTANN, Ângela Maria; ZELTZER, Flora; MORAES, Denise Maria; SILVA, Iara Chiappa da; AVELINE, Carlos Cardoso), publicação da UPAN de São Leopoldo.
TERRA QUE TE QUERO VERDE – Ecologia em Ação (NORONHA, Andréa de).
2) Revista periódica CIÊNCIA HOJE – das crianças –revista de divulgação científica que minha escola recebe.
3) Panfletos, livrinhos e encartes de divulgação distribuídos por FEPAN, UPAN, SEMMAN, CORSAN, COMITESINOS e outras entidades ambientais.
4) Reportagens de jornais e revistas sobre ecologia.
5) Vídeos, filmes e slides sobre ecologia e planeta Terra.
6) Livro didático de Ciências da 4ª série.

Estratégias:
1) Pesquisa, leitura individual e planejamento das atividades, feitos por mim;
2) Leitura de textos, exploração de reportagens, vídeos e filmes sobre ecologia com os alunos;
3) Caminhada pelas ruas próximas à escola para constatarmos as condições ambientais e a existência ou não de saneamento básico;
4) Visita à ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) de São Leopoldo para verificarmos tratamento e destino do esgoto tratado;
5) Implementação da Patrulha Ambiental (dois alunos da turma por dia orientam os menores a colocarem o lixo nas lixeiras e preservarem o meio ambiente durante o recreio);
6) Trabalhos em grupo para discussão do tema;
7) Passeio no Barco Martim Pescador para verificarmos as condições do Rio dos Sinos e fecharmos este ciclo de estudos;

Tempo de Duração:

Maio e junho de 2008.

Avaliação:

Meu plano de estudos individual será válido se:
a) Eu realizar os estudos propostos para mim e souber aplicá-los com meus alunos;
b) Utilizar o material áudio-visual arrecadado com minha turma;
c) Realizar as atividades propostas nas estratégias.

Evidências de Minhas Aprendizagens:

Mostrarei as evidências de minhas aprendizagens através das postagens no meu portfólio de aprendizagens, minhas conclusões e experiências ao executar este plano de estudos.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Trabalhando o filme "PLANETA AZUL":


Como comentei semana passada, na quinta-feira olhei com meus alunos o filme "Planeta Azul", que inicia com a visão que os astronautas têm da Terra do espaço. Este filme aborda as características físicas da terra, os continentes, porque o planeta apresenta esta cor do espaço, a atmosfera, as condições para existência da vida. Também aborda as questões climáticas e a influência humana sobre o meio ambiente, as queimadas e o efeito estufa.

Os alunos ficaram maravilhados com as imagens da Terra e tristes com a ação humana, que deteriora o meio ambiente. Consegui trabalhar vários aspectos de Geografia e de Ecologia. Cada aluno destacou um aspecto interessante do filme.

Abaixo apresento o trabalho que o aluno Matheus fez sobre o filme. O que mais o impressionou foram as queimadas da Amazônia e ele compara o efeito estufa com uma cabana pegando fogo, ressaltando que se não cuidarmos do planeta, não restará nada da camada de ozônio. Fala que o homem não consegue evitar a destruição e precisa aprender desde criança a preservar o planeta.


quarta-feira, 9 de abril de 2008

A IMPORTÂNCIA DE SITUAR-SE ENQUANTO AGENTE DA HISTÓRIA




Lendo os textos recomendados e pensando na aula presencial achei oportuno testemunhar aqui a maneira que trabalho Estudos Sociais. Penso ser importante que antes de estudar a história do estado (conteúdo da 4ª série, minha turma), o aluno se dê conta que ele próprio também faz parte de uma história. É importante situá-lo no tempo e no espaço, fazê-lo reconhecer que esta história que vamos estudar tem muito a ver com sua própria história, sua origem e toda a camimhada da sua família. É preciso dar um sentido real a este apanhado de datas, fatos e lugares estudados.


Abaixo coloquei uma foto com alguns trabalhos dos meus alunos: eles deveriam fazer a linha do tempo de suas próprias vidas. Sempre procuro trabalhar este aspecto no início do ano para que eles se dêem conta da importância da história na nossa vida. Amanhã verei com eles o filme "Planeta Azul", que mostra a Terra vista do espaço, explica porque ela têm estas características e permite a vida.




quinta-feira, 3 de abril de 2008

Reflexão do Seminário Integrador

REFLEXÃO SOBRE MINHA APRESENTAÇÃO FINAL DE 2007
No início a apresentação final me angustiou muito, pois a insegurança do que e como fazer era muito forte. Aos poucos fui refletindo sobre o meu trabalho durante o semestre, os conhecimentos que adquiri e que apliquei com minha turma e constatei que havia muito a apresentar.
Baseando-me nas minhas postagens no portfólio procurei montar uma apresentação que contemplasse o que aprendi de mais significativo em cada disciplina, aquilo que realmente transformou minha postura ou que veio reforçar certezas já existentes. Montei um slide para cada disciplina, enfocando o ponto principal de cada aprendizagem/descoberta.
No dia da apresentação todas nós ficamos muito nervosas, apesar dos anos de experiências.Trocar idéias com nossas colegas e professoras, expor nosso trabalho e nossa turma sempre causam certa insegurança. O medo da crítica e do erro é algo inerente a todo ser humano e aparece muito forte nestes momentos. Além disso, o uso da tecnologia em público ainda me deixa nervosa.
Outro fator que contribui para minha insegurança foi que nenhuma de minhas postagens de atividades no portfólio de aprendizagens foi comentada pelas tutoras ou pelo professor. Apenas no início de minhas postagens houve uma crítica por elas estarem demorando. Quando coloquei várias coisas ninguém mais comentou, certamente também não olhou. Muita foi minha admiração quando a professora e a tutora que avaliaram minha apresentação final tinham conhecimento do conteúdo de minhas postagens.
Assim como acontece com nossos alunos, é muito frustante quando nos pedem uma determinada tarefa e ninguém olha ou comenta, pois não sabemos se está certa, se nosso esforço foi ou não levado em consideração.
Para finalizar, penso que o mais interessante de nossa apresentação foi constatar que cada uma de nós procura suas próprias soluções e encontra maneiras diferentes, tanto para trabalhar os conteúdos, como para fazer sua apresentação, todas válidas e ricas.
Reconhecendo Teorias na Prática Diária
Estudando as diferfentes teorias da disciplina de Matemática e realizando as atividades propostas pude constatar o quanto nossa prática diária é recheada dos conceitos estudados. Como trabalhar seriação e classificação estão presentes na nossa sala de aula. É bom constatar que, apesar da teoria não estar tão viva em nossas mentes, ela é contemplada em nossas práticas diárias.