domingo, 26 de outubro de 2008

GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA

Numa perspectiva democrática a gestão escolar deve se dar de forma participativa, isto é, com a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, que elegem representações através do voto direto. Esta participação efetiva da comunidade escolar é garantida pela legislação, através de leis que normatizam e legitimam este processo e incentivam o envolvimento desta comunidade. Ela garante também o funcionamento do Círculo de Pais e Mestres e do Conselho Escolar como órgãos de apoio, fiscalização e participação nas decisões, no planejamento das atividades e no uso das verbas públicas. Assim também, garante o provimento do cargo de Diretor através do voto direto de toda comunidade escolar, o qual exerce seu mandato como representante legal desta comunidade e, portanto, vinculado aos interesses e objetivos da mesma.
A gestão democrática abrange a dimensão financeira que se ocupa do repasse das verbas, planejamento e execução da aplicação destes recursos e da prestação de contas à comunidade para que fique transparente o uso destas verbas. Abrange a dimensão administrativa, que diz respeito ao funcionamento operacional da escola e organização da rotina escolar, tanto no que diz respeito a parte física do prédio, quanto à distribuição e colocação de recursos humanos que viabilizem o funcionamento da mesma.
No que diz respeito a dimensão pedagógica, deve assegurar a construção de um Plano Político Pedagógico que atenda as aspirações e necessidades da comunidade e assegure uma educação de qualidade. Deve contemplar mecanismos que garantam as dinâmicas de organização do ensino, como os Planos de Curso, as reuniões pedagógicas e a constante avaliação destes mecanismos como agentes da construção da qualidade da educação.
A gestão democrática deve possuir também mecanismos que oportunizem as relações com os órgãos competentes, as redes de ensino e instituições afins, como maneira de permitir o trânsito de informações e o deslocamento dos alunos em toda rede de ensino, além de reforçar a transparência da instituição e seu processo educativo.
Na minha escola a gestão escolar está centralizada na pessoa do aluno, como objetivo de toda a organização da escola, visto que todos os setores e serviços devem visar o bem estar e o desenvolvimento amplo do mesmo. Sendo assim, estamos organizadas por áreas de atuação e atribuições. A Direção se ocupa da administração funcional e organização dos trabalhos, assim como o emprego das verbas públicas e a manutenção física do prédio e dos recursos. Preocupa-se também com a colocação de recursos humanos necessários para as diferentes áreas de atuação. É auxiliada pelo Conselho Escolar e COM que participam das decisões. A Direção também se ocupa das relações com os órgãos competentes e encaminhamento da burocracia necessária.
Auxiliando a Direção trabalha a Supervisão, que orienta e auxilia as professoras nos assuntos pedagógicos e cuida do relacionamento dos alunos e pais com as professoras e funcionárias e entre si. As professoras trabalham diretamente com os alunos, planejando e ministrando as aulas. Temos reuniões periódicas com a supervisão e direção para planejamento, avaliação e discussão das atividades escolares. Há também a professora responsável pela Biblioteca, que organiza a mesma e atende os alunos.
No segmento das funcionárias há a secretária que faz o trabalho burocrático e atende o público, a merendeira que cuida do refeitório e faz a merenda e a funcionária responsável pela manutenção, que faz a limpeza e conservação da escola.
Comparando com o quadro apresentado, penso que nossa escola se enquadra na gestão democrática, porque além das representações instituídas, os pais são constantemente convidados a participarem de reuniões e atividades. Algumas vezes estes encontros são para decidir o rumo dos trabalhos, expormos como se desenvolve a parte pedagógica e a avaliação. Outras vezes são encontros de integração e participação social. Além disso, anualmente realizamos uma pesquisa de opinião com os pais sobre os diversos setores da escola e a parte pedagógica, onde eles podem apresentar críticas e sugestões. Depois de computados os resultados desta pesquisa respondemos aos pais dando satisfações dos questionamentos e apresentando alternativas e soluções para as dúvidas e reclamações.
Pensando em tudo que estudamos sobre a Gestão Democrática penso que nossas escolas ainda tem um longo caminho a percorrer em busca da total democratização, visto que os próprios sistemas de ensino precisam se democratizar. As decisões mais importantes na área da educação ainda são tomadas sem a participação de nós, profissionais responsáveis por efetivar a educação deste país, visto que ainda são decisões que não privilegiam a igualdade de oportunidades para todos os profissionais da área. Assim também, não distribuem os recursos e verbas igualmente. Viciados neste círculo, ainda existem direções e grupos docentes que procuram perpetuar privilégios e desestimular a participação da comunidade para evitar cobranças.
Por outro lado, enxergo muitos profissionais dispostos a construir espaços democráticos e de participação nas escolas, onde a construção de objetivos e metas contempla a participação de toda comunidade escolar, visando a construção de uma escola de qualidade e a formação integral dos educandos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

POR QUE EXISTEM TANTOS IDIOMAS??

Lendo tudo o que foi postado por nós fica claro que buscamos a origem das línguas, o porque de falarmos tantos idiomas diferentes, quais fatores influenciam nas diferenças dentro de uma mesma língua. Podemos perceber que a capacidade lingüística foi sendo adquirida gradativamente ao longo da história da humanidade. Como outras habilidades humanas, esta também foi evoluindo e progredindo a medida que nossa espécie foi evoluindo também.
A resposta do porque existem tantos idiomas no mundo ainda não foi totalmente encontrada, nem sei se o será. Temos a explicação judaica/cristã que conta a história da Torre de Babel, mas penso que cada povo deve ter seu próprio mito sobre este assunto. Conheço aquele corrente de pensamento que diz que a Terra foi habitada por seres de outra dimensão que deveriam cruzar com os humanos para acelerar a evolução do planeta. Cada ser pertencia a uma cor diferente e, cruzando com os terráqueos, deram origem a novas raças, algumas com mais evolução que as outras, com seus costumes e línguas diferentes. Claro que esta é mais uma teoria, ou corrente de pensamento, mas o que quero dizer que devem existir muitas explicações para a pergunta "Por que existem tantos idiomas?"
Outra questão muito importante nas nossas postagens é o questionamento sobre as línguas universais e fica claro que é considerada uma língua universal a língua do povo que tem o domínio sócio/político/cultural de cada época. O Inglês é atualmente considerado o idioma universal por causa do domínio americano, o que me fez pensar nos últimos dias: com a crise econômica dos Estados Unidos será o fim deste império? Como ficará todo investimento na aprendizagem da língua inglesa? Só o tempo responderá estes questionamentos mais recentes.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Reflexão sobre a Vida Adulta

Adulto é aquela pessoa que já passou pela infância, adolescência e juventude e já atingiu uma maturidade física. Teoricamente deveria também ter atingido a maturidade emocional, fato que nem sempre ocorre.
A vida adulta inicia aproximadamente aos dezenove/vinte anos, quando a fase de crescimento físico se completa, nossas características físicas estão mais definidas e nossos hormônios (até então em ebulição) começam a se acalmar.
Falando da parte emocional, penso que a vida adulta não é algo tão definido, pois depende do temperamento de cada um, das influências do meio em que vive e das experiências vividas. Algumas pessoas atingem a maturidade emocional bem cedo, tornando-se pessoas equilibradas, que sabem que rumo querem dar à sua vida. Outras pessoas, no entanto, possuem o lado emocional mais turbulento e atormentado, precisando de um tempo maior para amadurecer.
Se refletirmos bem, a fase adulta é aquela que passamos a maior parte de nossas vidas. Por isto mesmo, enfrentamos grandes desafios, como decidir nossa vida profissional. É nesta fase também que optamos pela formação de uma família ou não, e todas as conseqüências positivas ou negativas desta escolha.
À medida que os anos passam o adulto consolida ou modifica suas convicções, aprendendo lições de vida com seus erros e acertos. Pedagogicamente falando, considero a aprendizagem sistemática mais difícil nesta fase, visto que o adulto tem muitas responsabilidades e preocupações, como o trabalho e a família. No entanto, também é uma fase que utilizamos toda nossa bagagem de experiências pessoais para auxiliar as aprendizagens, tornando-as mais significativas.
Módulo 2 – EDUCAÇÃO NACIONAL E SISTEMAS DE ENSINO
Leila Maria Linck Wasum

O Brasil, por adotar uma organização política federativa, possui a distribuição da autoridade política em diferentes níveis de governo. A Constituição de 1988 caracteriza-se pela descentralização do poder, transferindo responsabilidades e atribuições a Estados e Municípios, sendo que estas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) contam com recursos fiscais próprios ou transferidos. A Constituição prevê também a cooperação entre estas três esferas de governo e a descentralização da gestão.

Partindo desta organização federativa os estados têm como atribuição na área da educação assegurar o Ensino Fundamental, mas dar prioridade ao Ensino Médio. Têm também de organizar e manter órgãos necessários ao funcionamento de seu sistema de ensino. Deve elaborar e executar políticas educacionais e integrar suas ações com as outras esferas da federação, a fim de definir formas de colaboração com os Municípios que priorizem a oferta do Ensino Fundamental.
A partir da Constituição de 1988 os Municípios passam a ter a mesma importância que os Estados e a União, através da descentralização do poder. Sendo assim, na área da educação cabe aos Municípios organizar e manter os órgãos necessários ao funcionamento de seu sistema de ensino, integrando-se às políticas educacionais da União e do Estado ao qual faz parte como unidade da federação. Cabe aos Municípios oferecerem a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, sendo permitido sua atuação em outras áreas de ensino somente quando estas áreas de sua competência estiverem plenamente atendidas.
Como vimos, as diferentes esferas de governo podem ter deveres semelhantes sobre a mesma área de ensino, o que leva a uma busca constante da qualidade da educação e da organização e gerenciamento dos sistemas de ensino, como forma de atingirem as metas e objetivos propostos. Assim também, estas semelhanças e este empenho por qualidade contribuem para a oferta e procura da demanda.
De uns anos para cá se vêm falando muito da “municipalização” da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Em nome deste propósito tenho visto muitas Escolas Estaduais da minha região abrirem mão da Educação Infantil (pré-escola) e séries iniciais do Ensino Fundamental para priorizarem as séries finais do Ensino Fundamental e, principalmente, o Ensino Médio. Como conseqüência destas medidas tenho visto também muitas crianças sem vagas nas escolas, visto que as redes municipais não possuem, pelo menos por enquanto, condições de absorverem tamanha clientela. Como professora do Ensino Fundamental vejo que mais uma vez a base de toda a educação está sendo negligenciada em nome do cumprimento da lei. Em minha opinião, isto é um retrocesso no árduo caminho de democratização da escola pública e na busca de uma educação de qualidade para todos.

REFERÊNCIAS:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL de 1988.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 20 DE DEZEMBRO de 1996 (LDB).