domingo, 27 de setembro de 2009

Conclusão da nossa pesquisa no PA

Concluindo os estudos e questionamentos que fizemos durante nossa pesquisa podemos afirmar que chegamos à conclusão que os limites são adquiridos.
Constatamos que os comportamentos infantis são adquiridos por meio da imitação, da experimentação e da invenção, sendo assim, a criança precisa do exemplo e da orientação de seus pais e familiares para aprender quais são seus limites individuais e relacionais. A criança procura testar seus limites e se suas atitudes agradam os adultos tende a repetir seu comportamento, pois ainda não tem condições de avaliar suas atitudes. Se os pais e familiares aceitam o mau comportamento estão incentivando a criança a romper com o limite natural que deve ser imposto desde a primeira infância., pois são eles que devem transmitir o que é aceitável ou não, adequado ou não.
Na escola, assim como na sociedade, os limites também devem ser ensinados como forma de manter os relacionamentos de maneira sadia e respeitosa. Para tanto, os alunos devem participar da elaboração das regras para dar sentido e significado aos limites necessários ao bom convívio e ao exercício consciente de sua liberdade.
Aprendemos assim que realmente precisamos dar limites para nossas crianças e jovens para que aprendam a usar bem sua liberdade e respeitar os direitos dos outros, assim construindo uma cidadania capaz de tranformá-lo num cidadão crítico e responsável.
Dentro deste contexto, sempre procuro construir com meus alunos as regras de convivência da turma para que se comprometam a respeitá-las. Também utilizo o Quadro de Responsabilidades, com responsabilidades para todos os alunos, para que se comprometam com alguma tarefa que leve ao bom andamento da turma, como organizar a sala, cuidar das caixas delivrinhos e jogos, distribuir material e outras. Ao final de cada mês fazemos uma Assembléia de alunos, onde cada um vai ao microfone falar como foi sua atuação e a colaboração dos colegas e o que precisa melhorar. Então fazemos o rodízio de responsabilidades, onde cada um escolhe onde quer atuar naquele mês. Abaixo está a foto de uma assembléia do ano passado, visto que este ano ainda não fotografei nenhuma das assembléias já ocorridas.

sábado, 19 de setembro de 2009

O QUE É EJA?
A EJA é Educação de Jovens e Adultos. Uma categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, uma modalidade da educação básica, nas suas etapas fundamental e média. É uma promessa de qualificação de vida para todos. Representa também o resgate de uma dívida social com os que não tiveram acesso ao domínio da leitura e escrita durante a infância ou adolescência, seja pela oferta irregular de vagas, seja pela inadequação do sistema de ensino ou pelas condições sócio/econômicas desfavoráveis. Apresenta aí sua Função Reparadora, reconhecendo a igualdade de todos os cidadãos e seu direito básico a uma escola de qualidade, baseada no princípio da igualdade e da liberdade. É importante não confundir a noção de reparação com a suprimento, para tanto é preciso um modelo pedagógico que crie situações de aprendizagens que satisfaçam as necessidades dos alunos jovens e adultos.
A Função Equalizadora da EJA vai dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos sociais que tiveram uma interrupção forçada nos estudos, recebendo maiores oportunidades que os alunos da escola regular, procurando readquirir a oportunidade de igualdade na sociedade competitiva e no campo profissional.
A Função Permanente da EJA é propiciar a todos a atualização de conhecimento por toda a vida, que também pode ser chamada de qualificadora. É o apelo pela educação permanente e a criação de uma sociedade educada, é também um apelo para que as instituições de ensino e pesquisa produzam adequadamente material didático para este público.
Aprendi nestes estudos que a EJA tem a grande função social de resgatar a oportunidade de estudar de muitos cidadãos que tiveram que abandonar a escola, na maioria das vezes porque precisavam trabalhar e ajudar no sustento da família ou porque sua condição sócio/econômica de alguma maneira contribuiu para sua exclusão dos sistemas de ensino. É um dever do Estado oportunizar condições para que estes cidadãos tenham o resgate de sua dignidade através da oportunidade de ingressar no mundo da leitura e escrita.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Respostas aos questionamentos da tutora Margarete feitas em 09/09/2009:

Refletindo sobre o contexto histórico e cultural da época de Comênio penso que o mesmo não contemplava uma educação para todos, pois havia muito preconceito e discriminação, tanto em relação ao sexo feminino quanto às classes sociais menos favorecidas, que normalmente ficavam excluídas do mundo da cultura e da formação qualificada. Talvez por isto Comênio lutava tanto por uma escola para todos.
Refletindo sobre a escola hoje e se o currículo contempla sentimentos positivos ente os alunos acredito que sim, tudo vai depender da proposta da escola. Na minha escola está na prática pedagógica trabalhar valores, virtudes e uma cultura de inclusão, de acolhimento e de cooperação entre professores e alunos. Adotamos esta postura para também evitar a violência, o desrespeito, a exclusão, além de formar cidadãos íntegros e participativos.
Penso também que é possível a escola partir das vivências dos alunos, valorizando sua história e seu contexto como maneira de dar significado à aprendizagem. Exemplo disto é o trabalho sobre a formação do povo gaúcho e as origens dos alunos que fiz na minha 4ª série, cuja primeira parte, que foi o mosaico étnico, coloquei uma foto no portfólio. Através da origem das famílias estudamos a contribuição destes povos para a cultura do Rio Grande.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A DIDÁTICA DE COMÊNIO


Estudamos a proposta pedagógica de Cômenio, do século XVII, considerado "pai da didática", que queria ensinar tudo a todos, procurando um método onde realmente os alunos aprendessem e não decorassem simplesmente.


Nesta atividade eu aprendi que a escola atual ainda segue os passos
de Comênio, buscando o ensino para todos, a consideração ao aluno, sua capacidade de compreensão, partindo da experiência do aluno para que ele próprio construa seu conhecimento a partir de suas observações.

Comênio também mostra a importância do bom relacionamento entre professores e alunos e a importância de oportunizar situações onde os alunos com maior facilidade de aprendizagem auxiliem os que têm maior dificuldade.

Esta aprendizagem foi muito significativa porque me mostrou que já no século XVII havia a preocupação com uma escola de qualidade para todos, pois já escreveu Comênio na sua Carta Magna "...escolas tais que toda a juventude de um e de outro sexo, sem exceptuar ninguém em parte alguma, possa ser formada nos estudos,..", almejando uma escola onde os estudantes aprendessem mais, sem tédio, sem enfado, sem trabalho inútil e com real progresso.

Refletindo sobre esta aprendizagem penso em como nossas escolas seguem os passos ditados por Comênio, como minha prática pedagógica está repleta destes ensinamentos, no momento em que procuro fazer com que minha sala de aula seja um lugar de acolhimento, de inclusão, onde todos trabalham cooperativamente para que todos aprendam. Procuro partir da experiência dos alunos, fazer com que eles exponham o que já sabem sobre o assunto trabalhado, que troquem experiências, que pesquisem e construam alternativas para a solução de problemas.
Abaixo anexei uma foto dos meus alunos construindo um mosaico sobre suas origens étnicas: