domingo, 18 de outubro de 2009


Reflexões sobre o texto "ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS: AINDA UM DESAFIO"


Refletindo sobre este texto aprendi que o principal objetivo da EJA é garantir o direito a uma escolarização de qualidade. Este é um desafio de ordem política, visto que almeja ampliar os ganhos de consciência dos grupos populares ao refletir sobre sua realidade e sobre seu mundo.

Neste sentido, a possibilidade de escrever está muito ligada ao valor que esta proposta tem para cada indivíduo, a possibilidade de comunicação com seus entes queridos e com o mundo, como forma de expressar a vida.

Vimos neste texto também que é preciso considerar o saber intelectual dos adultos não escolarizados, os meios que desenvolveram para "ler" o mundo e seu grau de letramento, pois são pessoas que operam cognitivamente e não meros depósitos de informações, possuindo progessão nas etapas de desenvolvimento assim como as crianças. Para estas pessoas, perceber a construção social do código escrito e apropriar-se dele pode ser um dos passos para perceberem as relações sociais do mundo.

Os fracassos reconhecidos desta modalidade de ensino são o alto índice de evasão, aprendizagem fraca e nivel de ganho de consciência muito baixo. Como causas para este fracasso podemos reconhecer a ordem interna do próprio projeto, nem sempre adequado à demanda da clientela e ao preparo do professor, causando equívocos permanentes. Assim também uma sociedade excludente, marginalizadora das camadas mais pobres da população, o que resulta uma escolaridade sem qualidade. Outro fator de fracasso é que estes alunos são trabalhadores mais braçais, com desgaste físico maior, que chegam na escola já cansados, em que o peso da educação é menor que o peso da luta pela sobrevivência, tendo dificuldades de aprendizagem devido a todos estes fatores.

Refletindo sobre todos estes conceitos pude constatar mais uma vez que as leis que regem nosso sistema educacional são boas e deveriam cumprir a função social de diminuir as diferenças e minimizar as exclusões já institucionalizadas. O que vimos, no entanto, que também na EJA falta empenho político para seu bom funcionamento, condições físicas e pedagógicas para que seja um projeto realmente vitorioso, que contribua para resgatar a dignidade e a cidadania das camadas mais prejudicadas da população.


REFERÊNCIAS:

HARA, Regina. Alfabetização de Adultos: ainda um desafio.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Análise do filme "SEU NOME É JONAS"
Primeiramente a grande dificuldade do Jonas foi que levaram muito tempo para descobrir sua surdez e o rotularam como retardado e diferente dos outros, incapaz de conviver em sociedade, permanecendo três anos numa instituição que só cuidava de sua subsistência. Outro problema muito grande era o conflito familiar, onde a mãe se culpava pelo problema do filho, mas como toda mãe dedicada, procurava alternativas de progresso e tentava inseri-lo no convívio com sua comunidade. O pai se envergonhava de suas limitações, até tentou inseri-lo no seu cotidiano, mas como muitos pais que conhecemos, desistiu do menino e preferiu fugir da situação, deixando toda responsabilidade a encargo da mãe.
Os vizinhos e amigos da família também apresentavam muita resistência em conviver com o menino, tachando-o sempre de retardado, sem condições de conviver normalmente e brincar como as outras crianças. Entendemos que todo diferente assusta e as pessoas, por arrogância ou ignorância, acabam resistindo e excluindo. A família da mãe era mais compreensiva, procurando conviver bem, dentro das limitações, com Jonas.
A mãe procurou ajuda e escolarização num método chamado “Terapia da Palavra”, onde a criança deveria aprender a falar por repetição, mesmo que sem significado. Tinham a visão errônea de que a criança não poderia se comunicar por sinais porque nunca aprenderia a falar. O objetivo da escola era que as crianças surdas fossem o mais semelhante possível com os ouvintes, sem dúvida um massacre psicológico para aqueles alunos que não poderiam utilizar a expressão corporal e apenas imitar a professoras, como se fosse um adestramento.
O menino Jonas só teve oportunidade de inserir-se verdadeiramente numa comunidade quando começou a aprender a linguagem de sinais e passou a se comunicar e sua família aprendeu os sinais para interagir com ele. Mais uma vez a mãe teve o amor necessário e a persistência para buscar alternativas que tornassem o menino uma criança feliz.
Refletindo sobre o filme podemos aprender que muitas vezes fazemos diagnósticos precoces, rotulando crianças sem conhecimento real do caso. É necessário que tenhamos muito cuidado com pré-julgamentos e saibamos avaliar corretamente quais as dificuldades e limitações dos nossos alunos para que não cometamos injustiças que possam marcar infinitamente as vidas deles. neste sentido, o filme foi bastante produtivo e esclarecedor, fazendo-nos refletir sobre nossas práticas pedagógicas, que muitas vezes não contemplam as necessidades dos nossos alunos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Respostas ao Questionamento da tutora margarete sobre postagem "Conclusão da Nossa Pesquisa np PA":

No relato que apresentei sobre a maneira que encontro de construir limites e regras com meus alunos posso apontar que através desta construção os alunos imitam um modelo sugerido por mim, experimentam esta realidade participando ativamente das responsabilidades da sala, discutindo nas assembléias e construindo novas alternativas para que o clima de bom relacionamentos, os direitos e deveres de cada um sejam respeitados e praticados. Assim também, discutimos quando algum aluno tem um mau comportamento e infringe as regras, procurando refletir sobre causas e consequências e atitudes a tomar. Procuro sempre dar o exemplo de conduta para que eles possam ter um parâmetro de referência.
Encontro estes pontos de vista em Kant (3ªEd., 2002), Sobre a Pedagogia, quando diz que o homem é a única criatura que precisa ser educada, pois é infante, educando e discípulo, quando diz que é a disciplina que transforma a animalidade em humanidade, uma vez que as disposições naturais do ser humano não se desenvolvem por si mesmas.
Assim também poso citar Içami Tiba no seu livro Disciplina:limite na medida certa. Novos Paradigmas (São Paulo, 2006) que diz que é essencial à educação saber estabelecer limtes e valorizar a disciplina. E para isto é necessária a presença de uma autoridade saudável, adotada para que a oura pesoa se torne mais educada e disciplinada através do respeito à auto-estima.
É isto que procuro fazer com meus alunos, ajudando-os a construírem sua auto-estima, respeito e cidadania, através da participação na responsabilidade coletiva do bom andamento dos trabalhos e do relacinamento da nossa turma.