terça-feira, 19 de maio de 2009

Serviços Especializados em Educação Especial no Município de São Leopoldo


Pesquisei as seguintes entidades que trabalham com a Educação Especial na nossa cidade:

A) APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais: existe a 46 anos no nosso município e atende a 215 alunos, recebendo pessoas de zero a 21 anos, mas não há uma idade fixa para o aluno deixar a escola, tendo alunos até 40 anos.
109 alunos participam da parte pedagógica da escola e o restante participa de atendimentos clínicos. A instituição conta com oficina de artesanato, marcenaria, terapia ocupacional, psicopedagogia, psicomotricidade, aulas de dança, musicoterapia e informática.

B) ALDEF (Associação Leopoldense de Portadores de Necessidades Especiais e Educacionais): é formada apenas por cadeirantes, muitas pessoas, de idades variadas, participam de reuniões a cada 15 dias para avisos e palestras. Há também atendimento de crianças.
Os trabalhos realizados são diversos: peças feitas de papéis, bonecos de fuxico, pinturas, cartões e dobraduras. Em toda primeira semana de cada mês há um espaço na estação do TRENSURB para comercialização dos trabalhos..
PS: Na verdade não encontrei dados que mostrem um trabalho pedagógico mais direcionado, mas considerei importante relatar a existência desta instituição em nossa cidade, pelo trabalho de inclusão e socialização realizado.

C) ABRADEVIS (Associação de Deficientes Visuais): fundada há 10 anos com a finalidade de lutar pelo bem-estar e a dignidade das pessoas com deficiência visual. A instituição ministra vários cursos: informática, música, Braille, locomoção e mobilidade, além de grupos de convivência, esportes, atendimento jurídico, médico e encaminhamento de passe livre.

D) Associação Pandorga: é formada por autistas e possui duas casas, uma para atender os bebês e outra para atender crianças maiores. Não encontrei dados mais precisos desta instituição.

E) Associação Vida Nova: atende a aproximadamente 200 alunos surdos, mudos e alunos sem deficiência, existindo há aproximadamente 18 anos.
Proporciona ensinamentos a crianças de idade desde o período da creche, onde há alunos com deficiências múltiplas e autistas. Da 1ª a 8ª séries há aula para ouvintes e não ouvintes (surdos). Na grade curricular há o curso de LIBRAS para os alunos e também existe o curso em dois módulos para os pais aprenderem a entender o que os filhos falam.

F) CAPS (Centro de Atenção Psicossocial): existe desde 2003, é formado por uma equipe de 15 pessoas e atende quase 300 usuários, são pessoas de idades variadas, mas a maioria é adulta, normalmente que estão passando por alguma crise. O trabalho é realizado em grupos e há atividades como teatro, danças, confecção de chocolates, colares e outras bijuterias.
Há atendimento pessoal, médico, psicólogo e a instituição é ligada à Secretaria da Saúde do Município. As peças criadas nas oficinas e expostas para venda tem o dinheiro revertido para os próprios usuários.
OS: Mais uma vez coloquei esta instituição por considerar que fazem um trabalho de inclusão importante, mesmo não sendo voltado para a área pedagógica.

G) Escola Especial Estadual Aracy de Paula Hoffmann: atende a 120 alunos adolescentes e adultos de 1ª a 8ª séries, todos com deficiência mental, nos turnos manhã e tarde com aulas normais e oficinas de artesanato. Possui oficinas de pintura de caixinhas de madeira e lata e culinária. A escola possui uma sala de informática, há atividades de teatro e coral, há também um serviço de voluntariado, onde é ensinado basquete aos alunos. O dinheiro arrecadado com a venda dos materiais das oficinas reverte para os alunos, em forma de presentes e passeios feitos em instituições culturais e pontos turísticos.

H) Escola Estadual de Ensino Fundamental Marechal Ilha Moreira: atende alunos sem deficiência, alunos com baixa visão ou cegueira, utilizando o método BRAILLE.

I) NAPPI (Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão: fundado em 2003 com o objetivo de atender as questões do processo de construção escolar. Atende alunos da rede municipal nos seguintes segmentos: atendimento terapêutico, apoio pedagógico e atendimento das famílias. O objetivo é a construção da aprendizagem da criança através de jogos confeccionados pelos profissionais do NAPPI.
Atendem às seguintes áreas do atendimento terapêutico: psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, psicomotricidade e psicopedagogia.

REFERÊNCIAS:

http://portalsocial.org.br/Notícias.aspx?IDNotícia=103

http://www.vivasaoleo.com.br/notiscias/visualizar.asp?Cod=7658

Refleindo sobre estes serviços fico me questionando porque ainda há tantos alunos sem atendimento? Se existem leis que obrigam o poder público a propiciar estes serviços a todod, porque não são cumpridas?
Trabalho numa escola escola estadual sem nenhum tipo de atendimento ou profissional qualificado para trabalhar com crianças com necessidades especiais. Encaminhamos para o CRA (espécie de posto de saúde municipal com psicíloga, psiquiatra e outros serviços) ou para o Seviço de atendimento da UNISINOS. Quando a família tem conv~enio médico e condições, solicitamos que busque ajuda aí.
Enfim, ainda temos um longo caminho a percorrer para que todas as crianças sejam bem atendidas, inclusive na formação dos professores, tão despreparados paa estas situações.

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