segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Análise do filme "SEU NOME É JONAS"
Primeiramente a grande dificuldade do Jonas foi que levaram muito tempo para descobrir sua surdez e o rotularam como retardado e diferente dos outros, incapaz de conviver em sociedade, permanecendo três anos numa instituição que só cuidava de sua subsistência. Outro problema muito grande era o conflito familiar, onde a mãe se culpava pelo problema do filho, mas como toda mãe dedicada, procurava alternativas de progresso e tentava inseri-lo no convívio com sua comunidade. O pai se envergonhava de suas limitações, até tentou inseri-lo no seu cotidiano, mas como muitos pais que conhecemos, desistiu do menino e preferiu fugir da situação, deixando toda responsabilidade a encargo da mãe.
Os vizinhos e amigos da família também apresentavam muita resistência em conviver com o menino, tachando-o sempre de retardado, sem condições de conviver normalmente e brincar como as outras crianças. Entendemos que todo diferente assusta e as pessoas, por arrogância ou ignorância, acabam resistindo e excluindo. A família da mãe era mais compreensiva, procurando conviver bem, dentro das limitações, com Jonas.
A mãe procurou ajuda e escolarização num método chamado “Terapia da Palavra”, onde a criança deveria aprender a falar por repetição, mesmo que sem significado. Tinham a visão errônea de que a criança não poderia se comunicar por sinais porque nunca aprenderia a falar. O objetivo da escola era que as crianças surdas fossem o mais semelhante possível com os ouvintes, sem dúvida um massacre psicológico para aqueles alunos que não poderiam utilizar a expressão corporal e apenas imitar a professoras, como se fosse um adestramento.
O menino Jonas só teve oportunidade de inserir-se verdadeiramente numa comunidade quando começou a aprender a linguagem de sinais e passou a se comunicar e sua família aprendeu os sinais para interagir com ele. Mais uma vez a mãe teve o amor necessário e a persistência para buscar alternativas que tornassem o menino uma criança feliz.
Refletindo sobre o filme podemos aprender que muitas vezes fazemos diagnósticos precoces, rotulando crianças sem conhecimento real do caso. É necessário que tenhamos muito cuidado com pré-julgamentos e saibamos avaliar corretamente quais as dificuldades e limitações dos nossos alunos para que não cometamos injustiças que possam marcar infinitamente as vidas deles. neste sentido, o filme foi bastante produtivo e esclarecedor, fazendo-nos refletir sobre nossas práticas pedagógicas, que muitas vezes não contemplam as necessidades dos nossos alunos.

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