terça-feira, 25 de novembro de 2008

PARECER SOBRE DIRETRIZES CURRICULARES

Analisei o Parecer nº 1400/2002 do Conselho Estadual de Educação. Trabalho numa escola pública estadual, localizada em zona urbana periférica do meu município, que oferece os anos iniciais do Ensino Fundamental de 9 anos, do 1º ao 5º ano, sendo que ainda leciono em duas 4ª séries. Possuímos em torno de 250 alunos distribuídos em dois turnos, sendo oferecida uma turma de cada ano por turno. Acolhemos alunos com necessidades especiais, sendo que atualmente eles estão presentes no 1º e no 2º anos.
Analisando o parecer nº 1400/2002 constatei já inicialmente que nossa escola mesmo estando na zona urbana não oferece o Ensino Fundamental completo, como está na lei. Conhecendo nossa escola é fácil perceber que não existe espaço físico para tal e apesar da comunidade já ter se mobilizado para desapropriação de um prédio vizinho para sua ampliação, nada foi conseguido até o momento.
No que diz respeito ao Planejamento e aos padrões mínimos de qualidade, nossa escola está dentro das normas do parecer, visto que nosso PPP e nosso Regimento Escolar são frutos de um amplo diálogo, reflexão e construção pelo corpo docente com a participação efetiva de toda comunidade escolar. Todo planejamento do fazer pedagógico, administrativo e financeiro da escola está constantemente em reavaliação, sendo objeto de reflexão como forma de atingirmos novos significados e novas práticas, sempre com o objetivo de garantir uma educação de qualidade para toda a comunidade. A gestão democrática está bem presente na nossa escola, com os pais e toda comunidade participando, opinando e contribuindo em diversos momentos da vida escolar. Esta prática confere a nossa escola um olhar mais crítico, fazendo com a que a direção, funcionários e o corpo docente adquiram como prática comum receber críticas e sugestões da comunidade. Isto legitima ainda mais nosso trabalho, criando uma rede de interesses afins entre escola e comunidade, que por sua vez desencadeiam um compromisso constante com a vida escolar e a educação de qualidade.
Quanto aos recursos pedagógicos, assim como os humanos, sabemos que as escolas estaduais estão longe de conseguir tudo o que a lei diz necessário. Minha escola, por ser pequena, é muito bem estruturada, professoras e comunidade trabalham muito para obter os recursos pedagógicos necessários, assim como toda infra-estrutura. Temos o material básico, biblioteca bem montada, com estante de livros pedagógicos diversificados para consulta do corpo docente, material concreto, sala de vídeo e aparelhos de som para enriquecer as aulas, a grande maioria deste material sendo conseguida através de parcerias e mobilização da comunidade. Só há computadores na secretaria e recentemente foi adquirido um para a biblioteca. Mesmo assim, sabemos que faltam recursos oficiais para o aprimoramento do material didático. Assim também os recursos humanos são escassos, seguidamente falta bibliotecária e sempre que uma professora ou funcionária entra em licença é muito difícil conseguir uma substituta, a escola precisa ser criativa e contar novamente com a colaboração da comunidade para amenizar a situação. Mesmo assim, com toda desmotivação, nosso corpo docente está sempre se reciclando, procurando formação continuada para sempre aprimorarmos nosso fazer pedagógico, melhorando nossa prática docente.
No que diz respeito aos recursos físicos acredito que nosso CEE desconhece a realidade da imensa maioria das escolas da rede estadual que estão sucateadas, com salas abarrotadas de alunos. As recomendações quanto à higiene, número de vasos sanitários, mictórios e bebedouros na proporção ao número de alunos são irreais, dificilmente cumpridas nestas escolas. Como já disse, tratando-se da nossa escola a comunidade se esforça para mantê-la em boas condições de uso, mas têm normas impossíveis de serem cumpridas no que diz respeito à infra-estrutura física. Nossas salas de aula são pequenas e só para dar um exemplo minha 4ª série do turno da manhã tem 27 alunos pré-adolescentes e adolescentes, alguns maiores do que eu. Às vezes, tenho que passar pelos corredores vencendo os obstáculos das mochilas que estão no meio do caminho, nem de longe é cumprido 1,20 m quadrados por aluno.
Enfim, analisando o texto trabalho e o parecer escolhido mais uma vez constato que existem leis na esfera federal, estadual e municipal que favorecem a qualidade de ensino e garantem educação para todos. No entanto, também constato que estas leis nunca são cumpridas na íntegra, que o poder constituído para fazer as leis desconhece nossa realidade e que o poder público sempre acaba transferindo muito da sua responsabilidade para a sociedade, que procura organizar-se para suprir desesperadamente estas carências.

REFERÊNCIAS:
SILVA, Maria Beatriz Gomes da, Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental: Articulações i Interfaces com Educação Especial, Educação Indígena, Educação Básica no Campo e Educação de Jovens e Adultos;
Parecer nº 1.400/2002 do Conselho Estadual de Educação
REFLEXÃO SOBRE S APRENDIZAGENS DA DISCIPLINA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ECOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL


Nesta disciplina podemos conhecer e refletir sobre a legislação vigente e os mecanismos utilizados para que as instituições de ensino construam seu fazer pedagógico, a regulamentação deste fazer através de regras claras e a participação efetiva de toda comunidade escolar neste processo. Aprendemos que esta organização e planejamento abrangem a dimensão financeira, administrativa e pedagógica de nossas escolas, mas que esta organização também deve possuir mecanismos que permitam as relações com os órgãos competentes para permitir o livre trânsito de informações. Este trânsito deve funcionar não só entre os estabelecimentos de ensino, mas também entre os sistemas de ensino, dando maior legitimidade ao fazer pedagógico e maior transparência quanto à avaliação e desempenho do aluno.
Considero que foi muito importante revisitar o PPP e o Regimento Escolar da minha escola e confrontá-los com as teorias propostas, pois apesar de ter participado da construção e constante reformulação dos mesmos, sempre parecem algo frio e distante, um documento a mais. Foi estudando nossas propostas e as regras que elaboramos para atingi-las e confrontando-as com o saber teórico que constatei o quanto estão presentes no nosso fazer pedagógico, planejamento, avaliação e resultado final. Constatei também que é muito importante o corpo docente conhecer e constantemente reavaliar estes dois mecanismos, como forma de fazer uma auto-avaliação do seu desempenho, dos objetivos que ser alcançar e dos esforços e comprometimento do grupo com o trabalho proposto pela escola, conferindo assim mais legitimidade para seu fazer pedagógico.
Aprendemos a definir e reconhecer o que é uma gestão democrática, que é o planejamento, a execução e a fiscalização de todo fazer pedagógico, administrativo e financeiro de nossas escolas pela comunidade escolar. Aprendemos que há mecanismos de participação dentro da escola onde a comunidade é co-responsável por todo processo educativo, participando e fiscalizando todo o planejamento, execução e uso das verbas públicas. Neste contexto, é importante que a gestão democrática da escola esteja inserida numa comunidade participativa, onde a construção do coletivo seja uma realidade social.
Dentro das nossas escolas há momentos em que a comunidade elege os representantes que atuaram junto ao corpo docente e também na fiscalização pedagógica, financeira e administrativa: são as eleições dos Grêmios Estudantis, Conselhos Escolares e CPMs, que têm como função não só fiscalizar, mas atuar efetivamente na vida escolar, participando de planejamentos, ações e avaliações que contribuam para enriquecer o fazer pedagógico e garantir o direito máximo à educação. Neste contexto também está inserida a eleição da direção, que já não é mais um cargo de confiança do sistema de ensino, mas sim da comunidade que a elege e lhe dá respaldo como representante legal desta comunidade.
Uma gestão democrática de verdade necessita de transparência, de respeito à diversidade e de uma idéia de qualidade, onde a escola é boa para toda a comunidade e não apenas para um segmento. Neste sentido, não há escola pública de qualidade sem a participação de toda comunidade escolar, que deve definir os caminhos, tomando as decisões necessárias para este fim. Esta escola é construída com mecanismos de democracia participativa que deve ser utilizada em todos os momentos, pois esta gestão democrática só se aprende fazendo, constantemente avaliando e aprimorando seu fazer.
Nesta perspectiva, a escola visa à emancipação de todos que nela atuam, voltada para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, através da busca constante da qualidade de ensino, da inclusão e da participação democrática. Quando todos os segmentos da comunidade escolar participam deste processo, cria-se uma rede de compromissos onde todos se sentem responsáveis pela implementação deste projeto, participando da construção de uma escola participativa e democrática.
Para finalizar, quero dizer que penso ser esta a escola ideal, mas que ainda temos um longo caminho a percorrer. Já damos os primeiros passos, construindo nosso PPP e nosso Regimento Escolar, abrindo nossas escolas à participação da comunidade. No entanto, ainda precisamos aprender a ouvir críticas e sugestões de uma comunidade que quer ser cada vez mais participativa, preparando-nos para um trabalho mais colaborativo e democrático, que vise principalmente o bem-estar do nosso aluno através de uma educação de qualidade.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

AS TEORIAS DE PSICOLOGIA E MINHA VIVÊNCIA PESSOAL

Estive no hospital recentemente por vários dias para a retirada de um câncer no intestino, foi uma cirurgia delicada, mas que deu tudo certo. Durante todo o tempo mantive na mente as teorias que estudamos no projeto de estudos onde estudamos o poder da mente, transtornos causados por distúrbios de comportamento. Lembrei-me que estudei que mente, corpo e psique constituem uma unidade integrada e que o bom funcionamento desta unidade depende apenas de nós mesmos. Então procurei manter firme minha fé em Deus, a certeza de que Ele estava comigo, meu otimismo e minha confiança nos médicos. Em nenhum momento me apavorei, entrei em pânico ou fiquei triste.Segundo os médicos e enfermeiras minha recuperação foi maravilhosa para quem fez uma cirurgia de grande porte como eu fiz.
Muitas vezes estudamos teorias e pensamos que elas não têm muita utilidade, mas confesso que estes estudos realizados em Psicologia me ajudaram muito, dando-me a certeza que minha recuperação dependia de mim mais do que dos outros.

domingo, 2 de novembro de 2008

MINHA ATUAÇÃO NO PA
No início dos trabalhos considerei muito complicado fazermos um projeto sobre um assunto que não dominávamos, pois eu não entendia muito bem como seria este projeto. A partir da minha participação e do desenvolvimento do trabalho comecei a enterder a dinâmica do projeto e passei a me empolgar com o trabalho.
Desde o início do projeto sempre procurei participar com sugestões sobre o tema trabalhado e as formas de encaminhamento dos trabalhos. Pesquisei em livros, revistas e na internet, colaborei com material, participei várias vezes da página de discussões do grupo, do fórum e da comunicação via e-mail com as colegas. Sempre participei dos encontros presenciais propostos pelo grupo, trocando idéias com as colegas e dando sugestões, atendo sempre as combinações do grupo. Sempre trocamos muitas idéias, procurando soluções que contemplassem os interesses do grupo e enriquecessem o trabalho.
Acredito que minha maior facilidade foi discutir o tema proposto, visto que gosto de escrever e dar minha opinião sobre os assuntos e minha maior dificuldade ainda é dominar a tecnologia, visto que ainda preciso de ajuda para realizar algumas tarefas no computador. Exemplo disto foi o mapa conceitual individual que fiz no papel mas não conseguia fazer no computador, então tive de ir ao pólo e solicitar a ajuda de uma tutora e isto, sem dúvida, continua a ser angustiante.
Desta maneira, revisando minha caminhada e minha participação, colaboração e empenho no andamento dos trabalhos, acredito que fiz o melhor que pude, tanto na execução da tarefa proposta como na integração com o grupo.