sábado, 24 de abril de 2010

TEMPO E ESPAÇO

Trabalhando com 4ª série considero importante os estudos sobre nosso pertencimento histórico, situar o aluno no tempo e no espaço em que se encontra e que aconteceram os fatos importantes para a história do nosso estado e a formação do nosso povo.
É preciso fazer com que o aluno “mergulhe” na história estudada, encontre evidências que o ajude a entender os fatos acontecidos e sua influência na história contemporânea.
Segundo Maria Aparecida Bergamashi, no seu texto “DA AÇÃO À INTENÇÃO EM ESTUDOS SOCIAIS” “Ter claro onde se quer chegar, que recorte deve ser feito para escolher temáticas e que atividades deverão ser implementadas, considerando os interesses do grupo como um todo.” Partindo destes conceitos e levando em consideração que meu programa contempla a História e Geografia do Rio Grande do Sul, penso que nada melhor do que começar pela própria história do aluno, faze-lo montar a linha do tempo da sua vida e identificar suas raízes, o pertencimento histórico de sua família e o espaço que a mesma tem ocupado ao longo dos anos. Concomitante com estes estudos reconhecemos os povos que formaram nosso estado, causas, conseqüências e circunstâncias de sua vinda para cá, sua influência na nossa história e na nossa cultura atual e como estão atualmente os descendentes destes povos. É necessário que o aluno identifique e valorize aí sua origem e se sinta parte desta história.
Dentro desta perspectiva é que levamos nossos alunos de 4ª série para visitar o Museu do Índio da UNISINOS, como forma de embasar os estudos feitos na aula sobre os povos indígenas que habitavam nosso estado quando os europeus chegaram aqui. Percebi que a partir destes estudos muitos alunos passaram a valorizar a cultura indígena e reconhecer sua origem nestes povos.
A seguir apresento fotos de nossa ida ao museu, no dia 19 de abril, primeiro foto da parte do museu que fala dos índios, depois da parte que fala das missões:






























Abaixo seguem fotos do trabalho em grupo que fizeram sobre a visita ao museu e da exposição para a escola dos trabalhos dos grupos e dos materiais de barro que construíram:











domingo, 18 de abril de 2010

Realismo do Ensino

Aprendi estudando a CARTA MAGNA de Comênico como é importante que o aluno experimente, vivencie, começando sua aprendizagem pelos sentidos, a partir de suas próprias observações. Etes estudos de Comênio encontram-se com os estudos sobre a pedagogia de Paulo Freire que diz que é preciso primeiro ler o mundo para depois ler a palavra. Sem dúvida, estas aprendizagens nos levam a uma prática pedagógica mais elaborada, mais criativa, procurando sempre a prática aliada com a teoria.
Não é fácil praticar isto diariamente na escola, tão preocupada com as avaliações externas, com cumprimento de conteúdos mínimos e índices de pesquisas, mas sempre que posso procuro fazer com que os alunos vivenciem de uma maneira mais prática o que estão aprendendo.
Abaixo coloco algumas situações em que procuro fazer da prática uma constante, sempre que possível, nas minhas aulas:
a) Estudando os primeiros habitantes do RS, os povos indígenas, fizemos um jogo para fixar o conteúdo. Uma caixinha com perguntas que ia passando com o tocar de uma música. Ao parar a música, o aluno que estava com a caixinha deveria tirar uma pergunta e respondê-la.











b) Trabalhando sobre a cultura indígena confeccionamos artefatos de barro para experimentar como os índios faziam seus utencílios:


















domingo, 11 de abril de 2010



REFLEXÃO - AÇÃO

Refletindo sobre a minha prática considero de extrema importância que o aluno possa vivenciar o que está construindo. Pensando nisso, todo início de ano, quando os alunos chegam à 4ª série e se deparam com a disciplina de História, considero importantíssimo que eles entendam que esta disciplina conta com os fatos a partir da contagem dos anos. Neste sentido busco orientação nas idéias de Paulo Freire, na sua Pedagogia do Oprimido, quando ele diz que não há palavra verdadeira sem práxis, levando a uma ação e reflexão. Esta aprendizagem me foi muito significativa para embasar meu trabalho no sentido de procurar fazer com que meus alunos experimentem os conceitos estudados.
Dentro deste contexto é que no início dos estudos de História exploramos várias linhas do tempo, vendo as peculiaridades de cada uma. Depois cada aluno deve fazer a linha do Tempo da sua Vida, anexando figuras e lembranças que tornem esta linha mais significativa e concreta para cada um.
Abaixo anexo fotos das linhas do tempo de meus alunos:







segunda-feira, 5 de abril de 2010

TEMAS GERADORES
Minha escola trabalha com temas geradores que organizam e norteiam o trabalho em todas as séries, permitindo uma continuidade e uniformidade no trabalho diário.
O trabalho com temas geradores é norteado por muito diálogo e debate, proporcionando momentos de confronto e posicionamento, possibilitando ao aluno aprender a questionar a realidade e a aceitar opiniões contrárias a sua, reconhecendo que todos devem ter oportunidades iguais de se expressar e aprender. Isto lhe permite fazer uma reflexão efetiva de seu papel enquanto cidadão consciente e responsável, ficando ciente que precisa lutar por seus direitos, mas que também tem deveres a cumprir. Também propicia ao professor organização e direcionamento de seu planejamento e direcionamento de todo trabalho da escola.
Como estudamos em Paulo Freire na disciplina de Didática, Currículo e Avaliação este é um trabalho onde a razão e a emoção devem andar lado a lado, permeando o trabalho com muito amor ao próximo, dedicação, humildade para reconhecer que o professor não é o dono da verdade e que às vezes os alunos constroem caminhos que não foi o que planejamos. É preciso também muita esperança, principalmente a de que conseguiremos transformar esta realidade tão desigual e injusta através do nosso trabalho, ajudando os educandos a refletirem sobre a realidade e encontrarem meios de mudá-la.
Trabalhando o tema gerador Páscoa podemos realizar diversos trabalhos, possibilitando uma prática interdisciplinar, com grande motivação dos alunos.
Abaixo segue foto do painel sobre Símbolos Pascais de Ensino Religioso e Artes. Estudamos os Símbolos Pascais, discutimos e vimos exemplos de mosaicos e depois cada criança escolheu um símbolo fazendo um mosaico do mesmo, com frases explicativas sobre seu significado:
A seguir segue foto da Celebração de Páscoa, quando meus alunos apresentaram a Oração do Século XXI, de Atílio Hartmann:
Para fechar a unidade Páscoa o grupo de teatro Geração Bugiganga, do nosso colega Marcelo, apresentou uma peça teatral e depois os alunos ganharam lanche especial: